











NOSSA LITURGIA:
1. Uma oração de invocação ao Senhor.
2. Leitura das Escrituras do Antigo Testamento.
3. Uma oração por perdão.
4. Um Salmo.
5. Leitura das Escrituras do Novo Testamento.
6. Oração pelos aflitos e cura pelos enfermos.
7. Um Salmo.
8. Uma oração pela iluminação.
9. A Lição das Escrituras e o Sermão.
10. A longa oração e a oração do Senhor.
11. Um salmo.
12. Uma Bênção (1 Coríntios ou Números).
CEIA DO SENHOR (UMA VEZ AO MÊS)
Um salmo cantado enquanto os elementos eram preparados.
As palavras da instituição.
A exortação.
Sursum corda.
A Consagração.
A fração e entrega.
A Comunhão enquanto a Escritura é lida.
A oração pós-comunhão.
Salmo 103.
A bênção.
A LITURGIA
da
IGREJA DA ESCÓCIA
ou
O Livro de Ordem Comum de John Knox
COMO PRESCRITO PELA ASSEMBLEIA GERAL, E USADA PELA IGREJA DA ESCÓCIA DURANTE E DEPOIS DA REFORMA
“Nosso Livro de Ordem Comum.” - Primeiro Livro de Disciplina.
“Todo ministro deve usar a ordem contida nele, em orações,
casamento e ministração dos sacramentos.”
Ato da Assembleia, 26 de dezembro de 1564.
A
Ordem e Modo
de Administração da Ceia do Senhor.
No dia em que a Ceia do Senhor for ministrada, comumente celebrada uma vez ao mês, ou quando a congregação julgar necessário, o ministro deverá usar as seguintes palavras.
Vamos lembrar, queridos irmãos, e considerar como Jesus ordenou a nós a sua santa ceia, de acordo com o Apóstolo Paulo nos diz no capítulo onze da Primeira Epístola aos Coríntios, dizendo:
Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.
Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.
Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor. (1 Coríntios 11.23-29, Almeida Corrigida Fiel)
Feito isto, o ministro procederá com a exortação.
Queridos irmãos no Senhor, agora que estamos reunidos para celebrar a santa comunhão do corpo e sangue do nosso Salvador Cristo, consideremos as palavras de S. Paulo, que exorta todas as pessoas diligentemente a se examinarem antes que comam daquele pão, e bebam daquele cálice. Pois grande é o benefício, que o coração penitente e cheio de fé viva recebe naquele santo sacramento (pois espiritualmente comemos a sua carne e bebemos o seu sangue, e habitamos em Cristo, e Cristo em nós, somos um com Cristo e Cristo conosco), portanto, grande é o perigo se recebermos o mesmo indignamente; pois seremos culpados do corpo e sangue de Cristo nosso Salvador; comemos e bebemos para nossa própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor; atrairemos a ira de Deus contra nós, e o provocamos para que nos castigue com inúmeras doenças e tipos de morte.
Portanto, em nome e pela autoridade do eterno Deus, e seu filho Jesus Cristo, eu excomungo desta mesa todos os blasfemadores de Deus, todos os idólatras, todos os assassinos, todos os adúlteros, todos que vivem em malícia e inveja, todos os desobedientes de pai e mãe, de príncipes ou magistrados, de pastores e pregadores, todos os ladrões e enganadores do seu próximo, e, finalmente, todos cujas vidas lutam contra a vontade de Deus; exortando-os, que responderão na presença d’Ele que é justo juiz, que não presumam em profanar esta santa mesa.
E declaro que não excluam nenhuma pessoa penitente, independente de quão grave sejam seus pecados no passado, e que sentiram em seus corações pesar e verdadeiro arrependimento.
Nem isto é pronunciado contra aqueles que aspiram a uma perfeição maior do que podem alcançar nesta vida atual; porque sentimos em nós mesmos tamanha fragilidade e miséria, que não temos a nossa fé perfeita e constante como deveríamos, podendo as vezes não confiar na bondade de Deus, pela nossa corrupta natureza, e não nos doamos para o serviço de Deus, nem temos o fervente zelo de anunciar sua glória, como requer o nosso dever, sentindo a rebelião em nós mesmos, que temos a necessidade de lutar diariamente contra as cobiças de nossa carne; mesmo assim, vendo que o Senhor agiu em misericórdia conosco, que ele escreveu o seu Evangelho em nossos corações, para que sejamos preservados de cair no desespero e incredulidade; e vendo que ele nos deu o desejo de renunciar nossas próprias paixões, em busca de sua justiça, e guardando os seus mandamentos, estamos certamente assegurados que, aquelas muitas imperfeições em nós não serão usadas contra nós, para que Ele nos considere indignos de vir à sua mesa espiritual; para o fim de que não nos orgulhemos que somos justos em nós mesmos, mas, pelo contrário, que viemos buscar a nossa vida e perfeição em Jesus Cristo, reconhecendo que éramos merecedores de sermos filhos da ira e condenação.
Consideremos que este sacramento é um singular medicamento a todas as pobres criaturas, uma ajuda confortadora para ajudar as almas fracas; que o nosso Senhor requer outra dignidade do que reconhecer os nossos pecados e imperfeições.
Então, para o fim que sejamos dignos participantes dos seus méritos e benefícios de conforto (que é o verdadeiro comer de sua carne e beber o seu sangue), não deixemos nossas mentes serem perturbadas com estas coisas terrenas e corruptas (que vemos com os nossos olhos e sentimos com nossas mãos), e , erroneamente, buscar Cristo corporalmente presente nelas, como se Cristo estivesse preso no pão e vinho, ou que estes elementos fossem verdadeiramente transformados na substância de sua carne e sangue; mas a única maneira de preparar as nossas almas para receber fortalecimento, alívio e suas substâncias vivificantes, é elevarmos as nossas mentes pela fé acima de todas as coisas terrenas e palpáveis, e que entremos nos céus, que achemos e recebamos a Cristo, onde ele habita com toda certeza, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, na incompreensível glória do Pai; que seja todo louvor, honra, e glória, agora e para sempre. Amém.
Ao terminar a exortação, o ministro descerá do púlpito, e se assentará à mesa, da mesma forma, todo homem e mulher fará o mesmo, tomando lugares que seja conveniente; então ele toma o pão, dá graças, dizendo as seguintes palavras em efeito:
Ó Pai de misericórdia, e Deus consolador, vendo que todas as criaturas reconhecem e confessam a ti como Governador e Senhor, nós, que somos as obras primas de suas mãos para, em todo o tempo, reverenciar e magnificar tua gloriosa Majestade: Primeiramente, tu nos criaste à tua imagem e semelhança; mas acima de tudo têm nos libertado da eterna morte e condenação, que Satanás conduziu a humanidade pelos meios do pecado, da escravidão, nenhum homem ou anjo foi capaz de tornar-nos livres; mas tu, ó Senhor, rico em misericórdia, e infinita bondade, providenciou redenção para estarmos de pé diante do teu mui amado Filho, que de grande amor, se ofereceu para ser feito homem, igual a nós em todas as coisas, contudo, livre de pecado, em seu corpo para receber a punição de nossas transgressões, por sua morte para fazer satisfação a tua justiça, e pela sua ressurreição destruir o autor da morte; e trazer de volta a vida o mundo e toda descendência de Adão que foram, de forma justa, privados.
Ó Senhor, reconhecemos que nenhuma criatura é capaz de compreender o comprimento e largura, a profundidade e a altura do teu excelente amor, que te moveu a mostrar misericórdia onde ninguém merecia, a prometer e dar vida onde a morte obteve a vitória, para receber-nos em tua graça quando não podíamos fazer nada senão rebelar-se contra a tua justiça.
Ó Senhor, a cegueira da nossa natureza corrupta não nos fará compreender o peso destes teus amplos benefícios; todavia, segundo o mandamento de Jesus Cristo, nosso Senhor, apresentamo-nos a esta sua mesa, que deixastes para ser usada em memória de sua morte, até a sua vinda, para declarar e testemunhar perante o mundo, que somente por ele nós recebemos liberdade e vida; que somente por ele somos reconhecidos como teus filhos e herdeiros; que somente por ele temos acesso ao trono da graça; que somente por ele somos levados ao seu reino espiritual para comer e beber em sua mesa, com quem temos nossa conversação atualmente no céu, e por quem nossos corpos serão levantados novamente do pó, e serão colocados com ele na eterna alegria que tu, ó Pai de misericórdia, preparaste para os teus eleitos antes da fundação do mundo.
E diante destes benefícios inestimáveis, nós reconhecemos e confessamos ter recebido da tua graça e misericórdia livremente, pelo teu único Filho amado Jesus Cristo: para o qual, a tua congregação, movida pelo teu Santo Espírito, renderá todas as graças, louvores, e glória, para todo o sempre. Amém.
Feito isto, o ministro partirá o pão, e entregará ao povo, que distribuirá e dividirá entre eles mesmos, de acordo com o mandamento do nosso Salvador, do mesmo modo, o cálice. Durante o qual deverá ser lido alguma porção das Escrituras, que fala sobre a morte de Cristo, com o propósito que nossos olhos e sentidos não estejam ocupados somente com os sinais exteriores do pão e vinho, que são chamados de palavra visível, mas que nossos corações e mentes estejam inteiramente fixos na contemplação da morte do Senhor, que através deste santo sacramento é representado; e depois deste feito, o ministro dará graças dizendo:
MISERICORDIOSO PAI, rendemos a ti todo o louvor, graças e glória, pois agradou a ti, de tuas grandes misericórdias, conceder a nós, miseráveis pecadores, tão excelente dom e tesouro, de sermos recebidos na comunhão e companhia do teu querido Filho Jesus Cristo nosso Senhor, que por nós venceu a morte, e deu-nos comida necessária para a vida eterna.
E agora, pedimos-te também, ó Pai celestial, que nos conceda este pedido, para que nunca permitas que sejamos tão cruéis a ponto de esquecer tão grandes benefícios; antes imprima e fixe-os em nossos corações, para que possamos crescer e progredir diariamente mais e mais na verdadeira fé, a qual é manifesta continuamente através de todos os tipos de boas obras; ó Senhor, confirme-nos nestes dias diante dos perigosos e fúria de Satanás, para que possamos permanecer e continuar constantemente na confissão da mesma, para o avanço da tua glória, que és Deus sobre todas as coisas, louvado para sempre. Assim seja. Amém.
A liturgia está terminada, o povo cantará o 103º Salmo, ou outro de ação de graças; quando terminado, uma das bênçãos deverá ser dita, então eles devem levantar-se da mesa e partir.
Se alguém maravilhar-se com
o fato de seguirmos esta liturgia, diferente de qualquer outra, na
administração desse sacramento, considere diligentemente que, antes de tudo,
renunciamos totalmente o erro dos papistas; em segundo lugar, restauramos ao
sacramento a sua própria substância e a Cristo o seu devido lugar; e quanto às
palavras da Ceia do Senhor, nós as ensinamos, não porque elas deveriam mudar a
substância do pão ou vinho, ou que a repetição delas, com a intenção que o sacramento
será um sacrifício (como os papistas falsamente acreditam ), mas elas são lidas
e pronunciadas para nos ensinar como se comportar neste momento, e que Cristo
testemunhará a nossa fé, por assim dizer, com a sua própria boca, ele ordenou
estes sinais para nosso uso espiritual e conforto; portanto, examinai a vós
mesmos, de acordo com a ordem de São Paulo, e preparem as vossas mentes, que
sejais participantes dignos de tão grandes mistérios; depois, tomando pão,
damos graças, repartimos e distribuímos, como Cristo, nosso Salvador, nos
ensinou: finalmente, ao término da administração, damos graças novamente,
segundo o seu exemplo. De modo que sem sua palavra e garantia não há razão
nenhuma para realizar esta ação sagrada.
NOSSOS PROJETOS DE PEQUENOS GRUPOS
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